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Só há um desejo nesse momento,
O de mergulhar,
Atravessando os grandes desertos
Da minha pequena alma eu disparo,
Encontro a mim mesmo na borda,
O ambiente frio é minha lagrima,
Trago nas mãos o inalcançável,
Perdi no caminho o absoluto,
Através das palavras perdi a fé na humanidade,
Através das palavras eu a encontro desolado,
Aquele silencio interior ao anoitecer,
Aquele instante onde geme o destino,
Planejo chorar daqui a algumas horas,
Quando voltarei a ser eu mesmo sempre?
Quando me recuperarei dos acasos...
O mundo da voltar entorno de mim,
Mas eu só acreditarei quando ouvir o seu silencio,
E só acreditarei em mim quando meu silencio
Se manifestar alem dele mesmo,
Algumas memórias atravessam meu coração
Outrora indizível,
Levando ele para o fundo
Das pequenas frechas dos uivos desacordados,
Para ser oceânico
Pretendo tocar nos lábios dos oceanos,
Esses versos são os frascos que achei no impossível,
E na tarde que não pode ser evitada
Vou ao teu encontro
Como um crepúsculo que se mistura a noite
E a consola de ser ela mesma,
Nascendo na madrugada as horas silenciosas
Onde me abrigo no fundo de mim mesmo.

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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