Canto Ausente

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Enormes colunas se erguem contra minha ausência,
O silencio é um coração gigante asfixiando
Vulneráveis paredes com asas intimas,
Ninguém conseguiu evitar as ausências de si mesmo,
O enorme olhar que ha em cada instante
Sente o cisco da minha lagrima cheia mãos frágeis,
Rabisco oceanos que querem me afogar
Puxando-me pelos braços,
E vou com eles
Como quem volta ao útero
Do seu próprio precipício,
Abrigo-me na palma da mão da vulnerabilidade,
Esmagado ainda respiro trêmulos invernos
Apenas para permanecer
Sem sentido
Apenas para permanecer
Aqui
com todos os sentidos esculpindo
Meu rosto nas paisagens que nunca aconteceram.




By João Leno Lima

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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