Basta uma faísca e sonhamos sonhos montanhosos,
cumes impensáveis onde deixamos lá marcas indecifráveis de nós,
rios de redemoinhos e gotas De águas que correm em direções secretas...
arremessando mascaras e gestos contidos num baú entreaberto num deserto voador,
tudo é belo e cortante como se fosse inalcançável,
tudo se dilacera mas na verdade se refaz em minúsculos braços de lagrimas
que ajudam a remar em direções impossíveis,
e na materia-sonho encontramos o abrigo de um colo,
como a folha solta dialogando com a ventania,
como a embarcação com as ondas,
pareço flutuar agora não na imaginação,
livremente me embrenhando pelos arcos e léguas...
largo-me...
num baile de ventos...
eu, solto em mim mesmo.
João Leno Lima
07-10-09
Entulho Cósmico
Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito
É como se nesta viagem, neste lugar onde nos alimentamos para contrabalançar as inquietudes do plano material, fosse então um porto seguro, um lugar onde somos nós intensamente, onde despejamos nossa fúria e nosso amor, um lugar pra ser muito além de você mesmo.
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