PERSONA

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PERSONA.

Um mergulho profundo no incomunicável, inacessível, âmago visceral da alma Humana.
Fundindo realidades internas com paisagens escuras, teatro de percepções onde atuam nossos mais secretos fantasmas. Mentiras revestidas de um manto de verdades que jamais ousam se comunicar. O que não deixamos jamais para trás forma um rastro de camadas que nos definem. Mas, o tempo esse silencioso companheiro insaparavel, não existe na dicotomia entre o presente o passando no mesmo palco da existência Humana.
A comunicação com o outro torna necessaria a medida que vai crescendo nosso interesse em nos expandir em graus lúcidos de sonhos invisíveis de intensa falsa simplicidade. A comunicação com o outro arrasta-nos em litorais banhados pelo mar da solidão e torna-se desnecessária a medida que nossas redomas são substituidas pela liberdade do silêncio com nós mesmo. Onde definhamos lentamente e controladamente numa calma suportável pelo qual nos tornamos reféns não mais de nossos desejos mas sim do vazio com nós dentro dele para preenche-lo absolutamente.
Persona, uma obra de arte do mestre Ingmar Bergman nos convida e depois nos cerca e nos prende num monólogo com nós mesmo, no deserto abstrato entre a alma e corpo, entre percepções que se misturam e nos misturam num gole de silêncio e desmacaramento. Somos obrigados a prosseguir fazendo os papéis da existência porque escolhemos não-ser o ser que somos ou não encaramos a realidade que nos cabe. Qual será essa realidade?
o que nos torna imcomucáveis?.
A dor causada por um grito que implode internamente por termos medo de causar alguma impressão pode se transformar na propria ausência?
ou o mundo é apenas uma ilusão palpavél como um roteiro a ser filmado com desfecho desconhecido onde a morte torna-se o abismo final do movimento...



"Pensa que não entendo?
O inútil sonhor de ser, não parecer, mas ser
A luta, o que você é com os outro e o que você realmente é"

(Persona)

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