Discos dos anos 00

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12:20


Emily Haines - Knives Don't Have Your Back (2007)

Emily Haines, também conhecida pelo vocal do Metric,
mostra em seu debut o poder da melodia.
Disco de camadas de pianos e sussurros flutuantes,
doces reverberações nos entorpecendo
com a beleza de acordes suaves.
Linhas cintilantes de madrugadas sussurantes
e um vocal lagrimejantemente inspirado.
Knives Don't Have Your Back é um tratato com o sublime.
Onde cada passagem releva longas paisagens de vislumbração.
Um verdadeiro achado nos báus dessa década.


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Discos dos anos 00

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11:58


Microbunny - Dead Star (2004)

al okada e Tamara Williamson nos apresentam sua estrela morta
sulgada por um buraco negro indivizível de camadas de jazz espacial,
fusoes de matais com samples alucinados,
esquizofrenicas passagem abstratas,
faixas que duram segundos,
como pequenas passagens secretas nos becos da melodia.
Dead Star, segundo reberto,
desse extraordináriamente desconhecido grupo canadense,
é um das grandes obras primas do Downbeat dessa década.


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Discos dos anos 00

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11:37


Bjork - Vesperine (2001)

Em 2001, Bjork volta com uma obra prima.
Vespertine lançado em 2001 é uma análise sobre o amor
e as relações humanas sem cair no clichê, natural dentro de um tema tão batido.
Vespertine com densos arranjos minimalistas, instrumentos pouco usuais,
camadas eletrônicas e um vocal arrebatador,
é um dos grandes discos pra mim dessa década.




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"Climategate"

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11:03


Não se pode permitir que o nosso irremediavelmente comprometido establishment científico escape impune com uma tentativa de camuflagem quanto às estatísticas do aquecimento global.

Uma semana depois de o meu colega James Delingpole, no seu blog Telegraph, cunhar a expressão "Climategate" para descrever o escândalo revelado pela fuga de emails da Climatic Research Unit da Universidade de East Anglia, o Google mostrava que a palavra agora aparece mais de nove milhões de vezes na Internet. Mas em toda esta vasta área de cobertura electrónica, um ponto enormemente relevante acerca destes milhares de documentos tem sido em grande medida omitido.

A razão porque mesmo George Monbiot, do Guardian, exprimiu choque total e desalento com o quadro revelado pelos documentos é que os seus autores não são simplesmente qualquer antigo grupo de académicos. A sua importância não pode ser super-estimada. O que estamos a ver aqui é o pequeno grupo de cientistas que durante anos tem sido mais influente do que qualquer outro na promoção do alarme em todo o mundo acerca do aquecimento global, nem que seja através do papel que desempenharam no cerne do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) da ONU.

O professor Philip Jones, o director do CRU, é o responsável pelos dois conjuntos de dados chave utilizados pelo IPCC para redigir os seus relatórios. Através do seu link ao Hadley Centre, parte do Met Office britânico, o qual selecciona a maior parte dos contribuidores científicos fundamentais do IPCC, o seu registo da temperatura global é o mais importante dos quatro conjuntos de dados de temperatura sobre os quais repousam o IPCC e os governos – nem que seja para as suas previsões de que o mundo aquecerá a níveis catastróficos a menos que milhões de milhões de dólares sejam gastos para o impedir.

O artigo continua após esta advertência:

O dr. Jones também é uma peça chave do grupo estreitamente coeso de cientistas americanos e britânicos responsáveis por promover o quadro das temperaturas mundiais transmitido pelo gráfico do "hockey stick" de Michael Mann, o qual 10 anos atrás inverteu a história do clima ao mostrar que, após 1000 anos de declínio, as temperaturas globais haviam recentemente disparado para os mais altos níveis da história registada.

Tendo-lhe sido atribuído o estrelato pelo IPCC, ainda que seja pelo modo como pareceu eliminar o desde há muito aceite Período Quente Medieval, quando as temperaturas eram mais elevadas do que hoje, o gráfico tornou-se o ícone central de todo o movimento do aquecimento global de origem antropogénica.

Desde 2003, contudo, quando os métodos estatísticos utilizados para criar o "hockey stick" foram pela primeira vez denunciados pelo perito estatístico canadiano Steve McIntyre como fundamentalmente enviesados, uma batalha cada vez mais acalorada tem estado a ser travada entre os apoiantes de Mann, que se auto-denominam "a Equipe Hockey", e McIntyre e os seus próprios aliados, pois eles têm posto em causa de modo cada vez mais devastador toda a base estatística sobre a qual o IPCC e a CRU construíram a sua argumentação.

Os remetentes e destinatários dos emails escapados da CRU constituem a lista da elite científica do IPCC, incluindo não apenas a "Equipe Hockey", tal como o próprio dr. Mann, o dr. Jones e o seu colega da CRU Keith Briffa, como também Ben Santer, responsável por uma altamente controversa re-redacção de passagens chave do relatório do IPCC de 1995; Kevin Trenberth que de modo igualmente controverso empurrou o IPCC para o alarmismo quanto à actividade de furacões; e Gavin Schmidt, a mão direita do aliado de Al Gore, o dr. James Hansen, cujo registo próprio do GISS [Goddard Institute for Space Studies] de dados de temperatura superficial é o segundo em importância após o da própria CRU.

Nos documentos revelados há três sequências em particular que enviaram uma onda de choque aos observadores informados de todo o mundo. Talvez a mais óbvia, como lucidamente destacado por Willis Eschenbach (ver o blog Climate Audit de McIntyre e o blog Watts Up With That de Anthony Watt), é a altamente perturbadora série de emails que mostra como o dr. Jones e os seus colegas durante anos estiveram a discutir as tácticas tortuosas pelas quais podiam evitar divulgar os seus dados para outros [cientistas] externos de acordo com a legislação sobre liberdade de informação (freedom of information laws).

Eles sugeriram todas as desculpas possíveis a fim de esconder os dados de base sobre os quais se baseavam as suas descobertas e registos de temperatura.

OS DADOS "PERDIDOS" DO DR. JONES

Isto por si mesmo tornou-se um grande escândalo, nem que seja pela recusa do dr. Jones a divulgar os dados básicos a partir dos quais a CRU extrai o seu muito influente registo de temperatura, o que no último Verão culminou com a sua espantosa afirmação de que grande parte dos dados de todo o mundo havia simplesmente sido "perdida". O mais incriminador de tudo são os emails nos quais cientistas são aconselhados a eliminar (to delete) grandes blocos (chunks) de dados. Quando isto acontece após a recepção de um requerimento ao abrigo da lei de liberdade de informação constitui um delito criminoso.

Mas a questão que inevitavelmente se levanta desta recusa sistemática a divulgar os seus dados é: o que é que estes cientistas parecem tão ansiosos por esconder? A segunda e mais chocante revelação dos documentos escapados é como eles mostram cientistas a tentarem manipular dados através dos seus tortuosos programas de computador, sempre a apontar apenas para a direcção desejada – reduzir temperaturas passadas e "ajustar" em alta temperaturas recentes, a fim de transmitir a impressão de um aquecimento acelerado. Isto verificou-se tão frequentemente (nos documentos relativos a dados de computador no ficheiro Harry Read Me) que se tornou o elemento único mais perturbador de toda a história. Foi isto que o sr. McIntyre apanhou o dr. Hansen a fazer com o seu registo de temperatura do GISS do ano passado (após o que Hansen foi forçado a rever o seu registo), e dois novos exemplos chocantes agora vieram à luz na Austrália e na Nova Zelândia.

Em cada um destes países foi possível aos cientistas locais compararem o registo da temperatura oficial com os dados originais sobre os quais supostamente estavam baseados. Em cada caso é claro que o mesmo truque foi efectuado – transformar um gráfico de temperatura basicamente constante num gráfico que mostra temperaturas a elevarem-se firmemente. Em cada caso esta manipulação foi executada sob a influência da CRU.

O que é tragicamente evidente a partir do ficheiro Harry Read Me é o quadro que transmite dos cientistas da CRU irremediavelmente confusos com os complexos programas de computador que conceberam para contorcer os seus dados na direcção aprovada, mais de uma vez a exprimirem o seu próprio desespero quanto à dificuldade em conseguirem os resultados que desejavam.

O SILENCIAMENTO DE PERITOS CONTESTATÁRIOS

A terceira revelação chocante nestes documentos é o modo implacável como estes académicos estiveram determinados a silenciar qualquer perito que questionasse as descobertas a que haviam chegado por tão dúbios métodos – não apenas pela recusa a revelar os seus dados de base como também pela desacreditação e exclusão de qualquer publicação científica que ousasse publicar os seus trabalhos de crítica. Aparentemente eles estavam preparados para travar, se não a reprimir, o debate científico por este meio, nem que seja por assegurar que nenhuma investigação divergente teria lugar nas páginas dos relatórios do IPCC.

Já em 2006, quando o eminente estatístico estado-unidense professor Edward Wegman produziu um relatório pericial para o Congresso dos EUA corroborando a demolição de Steve McIntyre do [gráfico do] "hockey stick", ele denunciou o modo como este mesmo "grupo duramente coeso" de académicos parecia entusiástico apenas em colaborar uns com os outros e fazer "avaliações para publicação" ("peer review") só dos documentos uns dos outros a fim de dominar os resultados daqueles relatórios do IPCC sobre os quais grande parte do futuro dos EUA e da economia mundial poderiam depender. À luz das mais recentes revelações, agora parece ainda mais evidente que estes homens fracassaram na defesa daqueles princípios que jazem no cerne da investigação e debate científico genuínos. Agora um respeitado cientista climático dos EUA, o dr. Eduardo Zorita, propôs que o dr. Mann e o dr. Jones fossem excluídos de qualquer nova participação no IPCC. Mesmo o nosso próprio George Monbiot, horrorizado ao descobrir como fora traído pelos supostos peritos que estivera a reverenciar e a citar por tanto tempo, apelou ao dr. Jones para que se demitisse da chefia da CRU.

O antigo chanceler Lord (Nigel) Lawson, ao lançar na semana passada o seu novo grupo de influência (think tank), o Global Warming Policy Foundation, apelou correctamente a uma investigação independente dentro do labirinto de trapaças revelado pelas fugas da CRU. Mas o inquérito, posto a debate na sexta-feira possivelmente será presidido por Lord Rees, presidente da Royal Society – ela própria uma desavergonhada propagandista da causa aquecimentista –, está longe de ser o que Lord Lawson tinha em mente. Ao nosso establishment científico, irremediavelmente comprometido, não pode ser permitido escapar com um branqueamento do que se tornou o maior escândalo científico da nossa era.


28/Novembro/2009

Ver também Aquecimento global: uma impostura científica , artigo do grande cientista Marcel Leroux publicado por resistir.info em 21/Maio/2006.

[*] Autor de The Real Global Warming Disaster: Is the Obsession with 'climate change' Turning Out to be the Most Costly Scientific Blunder in History?

O original encontra-se em http://globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=16321

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

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Krautrokando

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11:25


Timewind, de Klaus Schulze


Virgin, 1975, 58m




O Ex música do Tangerine Dream e Ash Ra Tempel (duas lendas do Krautrock) nos presentei com esse
monolito sonoro indiscutivelmente surrealista.

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Você chega em casa e coloca um disco pra tocar...

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00:15




Submerso você encontra-se numa teia de sussurros
que se entrelaçam com a melodia.
Sons de ninar para uma noite qualquer e palavras distorcidas
num espectograma inenarravel.
Pulsações frenéticas rompem as barreiras palpáveis que treme os arredores.
Kid A parace ser a reafrmação andrógina do que nos tornamos.
Balbuciadores de nós mesmo, lamentaradores
que se alimentam de sonhos desfeitos mas ainda sonhados,
febre que se vulcaniza e névoa decomposta dentro da própria boca...
Pequenos gemidos ao longe em um ultimo fôlego sedento...

"oque está acontecendo?"

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Disco para se ouvir antes da noite e depois do dia

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15:02



Emiliana Torrini - Fisherman's Woman (2005)

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O mito do aquecimento global

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12:50






O fato importante é que a defesa do modelo CO2 de aquecimento global, incluindo aí a dos painelistas do IPCC, usa como argumento fundamental a antiga suposição de relação geológica causal entre CO2 e clima?


Paulo César Soares, doutor em Ciências e professor sênior na Universidade Federal do Paraná (UFPR, p_soares@terra.com.br). Artigo enviado pelo autor ao ?JC e-mail?:

Durante recente reunião de ministros da União Européia, o novo presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Ragendra Pachauri, transmitia as conhecidas ameaças, vistas nos sucessivos relatórios dos últimos 16 anos, reforçado no quarto relatório da instituição da ONU, de maio de 2007.

Ameaças de maior freqüência das ondas de calor e das enchentes, bem como o derretimento das geleiras e comprometimento das cidades litorâneas fazem parte do arsenal de argumentos para convencer os governos da ameaça das mudanças climáticas.

As revistas especializadas multiplicaram seus índices de citação, enquanto a mídia tem dado eco às previsões catastróficas do IPCC e das ONGs conservacionistas, caso o problema das mudanças climáticas não seja gerenciado, com a redução das emissões de gases de efeito estufa, em especial do CO2. Por outro lado, sucessivas notícias e estudos têm revelado que a energia nuclear, a opção energética na primeira crise do petróleo, embora demonizada, há 40 anos atrás, retorna como a energia limpa.

Do ponto de vista econômico, conhece-se apenas a ponta do iceberg. Do ponto de vista político, observa-se que as mais desenvolvidas nações apresentam elevada reticência na credibilidade da teoria do aquecimento global do IPCC, apesar do apelo emocional presente.

Do ponto de vista científico a questão é ainda mais dramática, pois tem assumido a dimensão de crença. Isto não é uma novidade na ciência ou entre os cientistas. As ciências da natureza trabalham com um nível de complexidades que ultrapassam qualquer possibilidade de representação inequívoca da realidade. A verdade é sempre incompleta e tem um tempo de vida.

Um conceito, modelo ou teoria científicos são, muitas vezes, comparáveis a um mito. Quando paradigmáticos numa ciência, ao serem substituídos por outro modelo, assumem seu caráter mítico.

?O estilo mítico de pensamento é dar uma ênfase especial a uma conjetura científica, baseada tipicamente numa observação inicial ou reconhecimento de um fenômeno ao qual é dado status privilegiado relativamente a outras interpretações possíveis?, escreveu William R. Dickinson, editor associado da American Journal of Science. Muitos destes mitos são reconhecidos na história do conhecimento geológico.

O aspecto negativo dos mitos é o fato de adquirirem vida própria, tenderem a se perpetuar; se retroalimentam, se autoorganizam e se tornam resistentes, pois seus opositores têm que levantar dados e fatos mais conclusivos que as próprias evidências originais, mesmo que frágeis, do modelo, enquanto os defensores movidos pela nova onda andam de costas ou desacreditam os argumentos contrários, até que estejam cercados de evidências contrárias.

Como ciência histórica, a Geologia tem suas verdades fundamentadas nas observações, através da indução. Como ciência interpretativa se socorre da física e da química, na expectativa de que aquele princípio ou aquela lei se apliquem na complexidade dos fenômenos naturais, e melhor expliquem os fatos observados e façam melhores predições.

Como modelo preditivo, se sustenta na verdade indutiva e aplica o procedimento dedutivo. Como bem observou Chamberlin há mais de um século atrás, há que se considerar múltiplas hipóteses; senão, como saber a melhor? Há que se testar a predição, senão como falsear?

Foi o geólogo Chamberlin também quem propôs, entre outras, a hipótese do teor dióxido de carbono na atmosfera ser o responsável por um poderoso efeito estufa, implicando nas mudanças climáticas, as quais haviam então sido constatadas na história recente e antiga da Terra, com períodos glaciais e não-glaciais.

Testou mas não conseguiu comprovar em laboratório o poder de absorção e irradiação da molécula de CO2 suficiente para alterar o clima. Arrhenius tornou-se o principal defensor da possibilidade.

Estimativas de CO2 na atmosfera com base no volume de rochas vulcânicas, na relação entre vulcanismo e liberação de CO2, contrabalanceado com a quantidade de carbonato depositado, permitiram estimar um teor geo-histórico deste gás na atmosfera de até vinte vezes o valor atual de 0,03 por cento em volume. Isto explicaria climas quentes no passado geológico, apesar da então fraca radiação solar.

Na década de 90 diversos pesquisadores identificaram uma estreita correlação histórica entre teor de CO2 em bolhas de ar aprisionadas em centenas de metros de glaciares e a relação entre isótopos leves e pesados tanto para oxigênio como para hidrogênio, indicadores de volume de gelo acumulado nos glaciares e, portanto, de temperatura dos oceanos. A correlação verificada foi quase perfeita!

Teria sido então comprovada, um século depois, a esperada correlação CO2-atmosférico x temperatura. Para cada 18ppm de CO2 adicional na atmosfera ocorreria um aumento na temperatura de 1oC, concluíram importantes cientistas, como James Hansen e Makiko Sato, da NASA. Comprovara-se o poder do CO2 como fator principal do aquecimento global em cerca de 1oC no século e aquecimento maior estaria por vir. Modelos e mais modelos dedutivos foram construídos na tentativa de mostrar com detalhes cada vez mais espetaculares os efeitos maléficos do CO2.

O modelo CO2 de aquecimento global teve a adesão dos cientistas do IPCC e ganhou a mídia tanto científica como popular na condição de verdade incontestável.

Muitos outros cientistas contra-argumentaram. O registro geológico não confirma tal assertiva. Em vão.

Centenas de dados de teores de CO2 na atmosfera obtidos em inclusões minerais e de indicadores de temperatura, para o passado geológico, catalogados e publicados por cientistas como Shaviv e Veiser, há poucos anos atrás, também revelam a inexistência de indicação de que uma atmosfera mais rica em CO2 explicaria os climas mais quentes conhecidos.

Embora, tal como esperado, períodos frios correspondem a baixos teores de CO2 na atmosfera e vice versa, pois o aquecimento da água dos oceanos libera imediatamente volume geometricamente proporcional de CO2 para a atmosfera, e os absorve na medida em que esfria. Isto explica a correlação, mas não a causa.

Cientistas líderes defensores do modelo CO2 de aquecimento global ? este novo mito ? identificaram, entre outros, que há maior correlação ao se considerar o aumento de temperatura como antecedente ao aumento do teor de CO2 na atmosfera, mostrando que não é o CO2 o forçante do aquecimento, mas o aquecimento que força o aumento do CO2 na atmosfera. Mesmo vendo isto claramente, o argumento não foi considerado suficientemente convincente. Lembra a afirmação de Einstein: ?É a teoria que decide o que observamos?.

Da mesma forma, ao se examinar as variações decenais de temperatura, observa-se que há um aquecimento global, dominantemente continental, preferencialmente urbano e no hemisfério norte, contemporâneo com um aumento do teor de CO2, mas sem correlação, a exemplo do resfriamento global das décadas de 60 e 70. Por outro lado as variações quase trienais de temperatura da água dos oceanos, os efeitos La Nina e El Nino, constituem mecanismos de perda e acréscimo de CO2 na atmosfera, em volume oscilando entre 2 a 3 Gigatons, ou seja, equivalente à metade do volume anual de CO2 liberado pela queima de combustíveis fósseis.

O fato importante é que a defesa do modelo CO2 de aquecimento global, incluindo aí a dos painelistas do IPCC, usa como argumento fundamental a antiga suposição de relação geológica causal entre CO2 e clima, e desconsideram todo o volume recentemente disponível de dados e informações, que dão suporte científico à inexistência desta relação causal entre teor CO2 e temperatura, mas sim entre aquecimento, movido primariamente pela radiância solar, e enriquecimento atmosférico de CO2. A variação no efeito estufa não é negligenciável, mas o CO2 parece ser apenas uma pequena fração da absorção e irradiação comparada com o vapor d?água.

O CO2, bem como outros gases de efeito estufa, tem sim que ser considerado uma questão a ser compreendida e enfrentada, assim como a do uso inadequado dos recursos naturais, a do desperdício de energia térmica e a formação de ilhas urbanas de calor.

Certamente não seria para combater as ameaças das inevitáveis mudanças climáticas. Nisto os governos que não aceitaram as recomendações do IPCC, em que pesem as ameaças, não estariam incorretos, especialmente aquela de ampliação do uso de energia nuclear para substituir a derivada de combustíveis.

Nesta questão poderíamos recriar o princípio do atualismo de Charles Lyell, fundador da Geologia ?o passado como chave para o futuro?, e também lembrar Neil Bohr: ?... viver olhando para frente, mas a vida é compreendida olhando-se para trás?.









Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=57558

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