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Prefiro a indefinição do corpo e a definição da alma.
No choque elementar entre os elementos
que não se transgridem nasce a manifestação possível do tempo.
no olhar que se olha atentamente
foge a certeza elementar às crenças, mesmo as inóspitas...
Na voz que transita pelas vielas dos pensamentos,
no abútrico momento de medo,
na gritaria que é o gesto escondido do sonho
Debaixo dos mantos da noite...
na própria tradução aguda do esquecimento
que se desespera à apagar as pegadas do inalcançável;
so posso acreditar que foram os anjos caninos do destino
que me rederam me enxertando sangue de tempestade
nas veias-tuneis do meu coração gelado.
na língua gêmea da madrugada que lambe as feridas dos instantes mais pesados...

Colocando fogo nos lençóis emaranhados de saliva de desejos
tubaraoteando as penas fugitivas da solidão flácida.
Como os solavancos das angustias
sempre com laços roubados na ante visão das entrelinhas...

Esforço-me para não ser levado
como a luz que segura-se em si mesma
eternizando seu símbolo de coragem
perante os tentáculos dos negros buracos do cosmo.

As próprias nuvem pesam nos poros da memória.
na ratueiramente fébrica ilusão do alcance essencial.
Ser poeta traduz as portas, mas precisamos transpassá-las ainda...
O imerso chão do mundo onde insisto desabar...
Os nós são mais fechados quando resolvemos vomitar o passado pelo caminho
rumo as escadarias do passo, onde pedaços de pianos fazem acrobacias
no lado esquerdo do fluxo elétrico dos impulsos.
Onde fabricamos pensamento para melhor melodiar as partituras da razão.

Refaço o percurso a procura do sentido mais elementar
e só encontro a cartilha dos seres ensinando
a poética escravizadora sedenta pelos quatro elementos.
A distancia de mim para mim
É o sepulcro sussurrante que abraça os segundos.
Sou o inserto olhar que perfura as folhas dos meus próprios conceitos.

Sou os que recebem a luz do sol primeiramente.
Sou as primeiras ilusões da criança passageira
Sou as primeiras batidas das asas do pássaro
Quem na contramão planeja mergulhar nas artérias do limiar no ser...

E...Ser...







João Leno Lima
08 de Fevereiro 2010

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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