De: Júlio Siqueira
No absurdo momento deparo-me com a
verdade, sou um átomo.
Choca-me as dúvidas como punhais,
sangro no chão mais disfarço,
so há um caminho, um túnel que me levará a
ponte entre a vertigem e a lagrima.
Mas no absurdo momento, disparo-me
acidentalmente perto de uma criança
e diluo-me, e deixo apenas rastros pelas teclas dos
computadores, e deixo apenas vestígios pelos arredores das
esquinas, me esquivo de cada sombra,
percebo nos retrovisores, invulneráveis
deformações da manhã,
no absurdo momento,
adormeço num esconderijo entre a janela dos
onibus mágico e os movimentos bailarinos
dos gestos indefesos ao sentido das coisas.
sou um átomo vulnerável ao meu próprio
sentir.
.
Poemas para o livro
“Onírico Percurso por dentro do Movimento” de Júlio Siqueira
0 comentários: