COLIDIR

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09:03

De: Júlio Siqueira

No absurdo momento deparo-me com a

verdade, sou um átomo.

Choca-me as dúvidas como punhais,

sangro no chão mais disfarço,

so há um caminho, um túnel que me levará a

ponte entre a vertigem e a lagrima.

Mas no absurdo momento, disparo-me

acidentalmente perto de uma criança

e diluo-me, e deixo apenas rastros pelas teclas dos

computadores, e deixo apenas vestígios pelos arredores das

esquinas, me esquivo de cada sombra,

percebo nos retrovisores, invulneráveis

deformações da manhã,

no absurdo momento,

adormeço num esconderijo entre a janela dos

onibus mágico e os movimentos bailarinos

dos gestos indefesos ao sentido das coisas.

sou um átomo vulnerável ao meu próprio

sentir.

.

 

Poemas para o livro

Onírico Percurso por dentro do Movimento” de Júlio Siqueira

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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