ZINE – ARTE É FATO (QUARTA EDIÇÃO EM PDF)

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lourenco-mutarelli

IMAGEM/ LOURENÇO MUTARELLI

ARTE É FATO >Zine <mantido por Leila Leite e João Leno Lima

com textos de suas próprias autorias, arquivos rizomáticos, resenhas de música, poesias e entrevistas com artistas de Belém e regiões metropolitanas e outros delírios.

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WikiLeaks detalha projeto imperialista dos EUA no Haiti

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08:38

 

[John Marion, Tradução de Diário Liberdade] 28 de julho de 2011. WikiLeaks lançou cabos das embaixadas dos EUA em Porto Príncipe, Haiti, Nassau e Bahamas, detalhando o interesse do governo dos EUA na formação e manutenção de uma força militar da ONU para a ocupação do Haiti após fevereiro de 2004 e a eliminação do presidente Jean-Bertrand Aristide. Cientes da história tanto do Haiti como uma colônia francesa e a longa história de ocupação militar do país pelos Estados Unidos, o governo dos EUA passou a usar a ONU como uma camuflagem.


Na imprensa burguesa, a MINUSTAH (sigla francesa para a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) é passada como uma força de paz em um país incapaz de se autogovernar. No entanto, em primeiro de outubro de 2008, o texto intitulado “Por que precisamos da presença de MINUSTAH no Haiti”, o então embaixador do Haiti Janet Sanderson escreveu que “a Missão de Estabilização da ONU no Haiti é uma ferramenta indispensável para a realização dos interesses políticos no Haiti do núcleo do Governo dos EUA”. Estes interesses incluem suprimir “forças políticas insurgentes  populistas e a economia  antimercado” e um possível “êxodo de migrantes por via marítima”, mantendo o país aberto ao investimento estrangeiro e os lucros.

Embora observando que a MINUSTAH tenha custado aos EUA e seus aliados $ 2 bilhões até 2008, Sanderson escreveu que a força da ONU era “um negócio de segurança financeira e regional para a USG.” Dadas as ocupações contínuas no Iraque e no Afeganistão, ela argumentou que “no contexto atual dos nossos compromissos militares em outros lugares, os EUA sozinhos não poderiam substituir esta missão.”

Além de proteger os interesses comerciais, este “negócio de segurança” comprou para EUA uma fonte de informação sobre a evolução política. Um texto de fevereiro 2010 do embaixador Joseph Merton descreveu uma “série de 145 focos de grupos (10 pessoas cada)” organizados em todo o Haiti pela MINUSTAH para medir o ânimo popular após o devastador terremoto de janeiro 2010. Enquanto se prepara para os focos dos grupos, o diretor político da MINUSTAH alertou a embaixada que os opositores do presidente René Préval poderiam “aproveitar da insatisfação pública para organizar protestos, enfraquecer o GOH, e procurar... o acesso ao controle dos fundos.”

MINUSTAH não é nem a primeira nem a última força militar a impor os interesses dos EUA no Haiti, como evidenciado pelo envolvimento direto dos militares dos EUA após o terremoto de 2010, é, no entanto, uma parte dessa longa e sangrenta história.

Por exemplo, um relatório publicado pelo advogado de imigração Thomas Griffin e o professor Irwin Stotzky da Universidade de Miami descreve algumas das atividades de “paz” durante um período de 10 dias em novembro de 2004. Os soldados da ONU, sempre em veículos blindados, acompanhavam a Polícia Nacional Haitiana (PNH) em incursões assassinas nas favelas mais pobres em Porto Príncipe.

“Quando eles estão em uma operação”, segundo o relatório da MINUSTAH, “APCs são montados com uma grande metralhadora, fixada e manejada por um soldado. Ele é cercado por outros soldados que estão dentro do APCs com suas cabeças e ombros expostos, cada um segurando um rifle de assalto na posição pronta. “Com esses veículos em alta velocidade nas ruas movimentadas e estreitas, as mortes de civis foram inevitáveis. Porque nenhum dos soldados da ONU falou crioulo, a violência foi agravada por sua incapacidade de se comunicar tanto com os moradores ou com a Polícia Nacional Haitiana.

Griffin e Stotzky observaram uma invasão na favela de Bel Air: “a operação começou com um ou dois helicópteros pairando sobre o bairro-alvo, enquanto oficiais da PNH reuniram-se em caminhões (picapes e SUVs) e a pé do lado de fora. A maioria dos oficiais vestidos de preto, com capacetes pretos e máscaras, todos carregavam grandes rifles semi-automáticos, ou rifles de assalto totalmente automático”. Não apenas os soldados da ONU participam na violência – atirando em um homem que estava simplesmente caminhando para o trabalho – mas eles também usaram seus APCs para vedar o bairro do acesso dos repórteres. O tiroteio durou horas, e em suas consequências os investigadores testemunharam uma rua repleta de corpos.

Em uma petição em separado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Griffin e outros 13 descrevem os resultados de um ataque de Junho de 2005 pela MINUSTAH em Bel Air: sete mortos, incluindo um homem desarmado sentado em uma cadeira de rodas em seu pátio, que foi baleado por soldados brasileiros.

Relatórios epidemiológicos de confiança têm ligado também soldados da MINUSTAH à epidemia de cólera que já atingiu mais de 363 mil haitianos, matando pelo menos 5.500 no ano passado.

Textos lançados pelo  WikiLeaks também expuseram outras operações militares dos EUA afetando o  Haiti. Três textos provenientes da Embaixada dos EUA em Nassau, Bahamas, descreve o planejamento das operações navais conjuntas para manter refugiados haitianos longe daquele país.

WikiLeaks está trabalhando com o Haiti Liberte, uma publicação semanal simpática a Aristide e publicada por membros da diáspora haitiana, para liberar os textos. Em seus artigos, Haiti Liberte colocou muito foco sobre as ações dos indivíduos e das maquinações políticas do governo dos Estados Unidos. Em liberar os três textos do Bahamas, por exemplo, o site se concentrou na busca de um pretexto dos Estados Unidos para derrubar Aristide, enquanto o governo das Bahamas foi pedindo a ajuda dos EUA em protegê-lo.

Em abril de 2003, escreve Haiti Liberte, os EUA estavam tentando usar uma cláusula da “Carta Democrática Interamericana” da OEA para “encontrar uma alavanca pseudo-judicial para eliminar Aristide”. Mais tarde, em fevereiro de 2004, enquanto o primeiro-ministro das Bahamas Perry Christie pleiteou com os EUA para impedir o iminente golpe, um texto arrogantemente se gabou de que ele iria “Conceder para os EUA como ‘cão superior’”.

Para a maior parte, Haiti Liberte perde o quadro mais amplo de esforços militares dos EUA na região. Em 23 de fevereiro de 2004, o texto da embaixada Nassau, por exemplo, descreve os pedidos de ajuda do governo das Bahamas para o governo dos EUA na construção de um porto de águas profundas das Bahamas para a Real Força de Defesa para usar como base, enquanto voltam barcos de haitianos refugiados.

Um exercício naval dos EUA com o owerlliano nome “Operação Compaixão”  estava sendo realizado para este propósito, e os EUA estavam dispostos a oferecer o reabastecimento na Baía de Guantánamo se Bahamas se comprometesse com pelo menos três navios para o exercício. Argumentando que o reabastecimento em Guantánamo seria mais barato do que ajudar a construir um porto na Ilha Great Inagua do arquipélago das Bahamas, a embaixada dos EUA se recusou a fornecer fundos para esse esforço. O governo das Bahamas tinha um plano reserva de pedir a Royal Caribbean Corporation para ajudar na construção do porto.

Um dos textos de Nassau também indica que a MINUSTAH iria disfarçar um renovado desejo francês de enviar tropas: “Enquanto a França indicou a disposição de enviar ajuda militar para o Haiti, o espectro das tropas francesas no Haiti neste momento é uma questão muito sensível, particularmente como a França é a ex-colonizadora e o Haiti está ‘comemorando’ o aniversário de 200 anos independência. Um despacho conjunto sob a bandeira da ONU seria mais palatável”.

Traduzido para Diário Liberdade por Pamela Penha

 

 

TEXTO ORIGINAL EM> diarioliberdade

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revelado os reias motivo do Império na intervenção na Líbia

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13:42

[Robert Morgan] 27 de julho de 2011. Telegramas diplomáticos americanos divulgados pelo WikiLeaks expõem os reais motivos e as tensões diplomáticas por trás do bombardeio da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte – N.T) que ocorrem à Líbia. Longe de iniciar uma intervenção “humanitária” para proteger civis contra o governo de Muammar Kadafi, Washington apoiou a intervenção da OTAN por uma única razão: a instalação de um regime que melhor servisse aos interesses estratégicos dos Estados Unidos, bem como as operações das gigantes do petróleo e companhias de gás.


Os telegramas datam de 2007, aproximadamente três anos depois da administração Bush impor sanções e formalmente restabelecer relações com o regime de Kadafi, na busca por garantir acesso a recursos líbios altamente valorizados. Até a eclosão de levantes revolucionários em todo o Oriente Médio neste ano, Kadafi era recebido de braços abertos em Washington e internacionalmente.

Como os documentos mostram, em agosto de 2009, o senador Americano John McCain liderou uma delegação no Congresso, de caráter bipartidário, para encontrar Kadafi. McCain caracterizou o “andamento geral das relações bilaterais como excelente”. O senador Joe Lierberman disse “nós nunca poderíamos ter imaginado, há 10 anos, que estaríamos em Trípoli, sendo recebido pelo filho de Muammar Kadafi”, antes de ter a Líbia como “um importante aliado na guerra contra o terror”.

Não é surpresa alguma que os telegramas se refiram ao “potencial de produção de hidrocarboneto” da Líbia e a “grande expectativa” entre as companhias internacionais de petróleo. De forma significativa, o regime de Kadafi estendeu a Washington a perspectiva de maior riqueza. De acordo com um telegrama de 2009, o então chefe interino da Corporação Nacional do Petróleo da Líbia, Ali Sugheir, disse à embaixada dos Estados Unidos que as principais “bacias sedimentares de recursos petrolíferos foram descobertas na Líbia”, com dados sísmicos indicando “muito mais do que tem sido descoberto em todo o país.”.

A disputa entre dezenas de companhias internacionais de gás e petróleo para lucrar com a instituição das sanções, no entanto, logo produziu dois grandes problemas para o governo americano. Primeiramente, nas palavras de um telegrama de 2007, “nacionalização dos recursos da Líbia” – políticas destinadas a aumentar “o controle e participação sobre a receita dos recursos de hidrocarboneto” por parte do governo líbio. O documento conclui que os Estados Unidos deveriam demonstrar “a clara desvantagem” de tal prática.

A política de Kadafi forçou as companhias de gás e petróleo a renegociar seus contratos de acordo com essa última versão do Acordo de Participação na Produção e Exploração Líbio (EPSA IV – do inglês Exploration and Production Sharing Agreement – N.T). Entre 2007 e 2008, muitas companhias como EXXonMobil, Petro-Canadá, Repsol (Espanha), Total (França), ENI (Itália) e Occidental (Estados Unidos) foram compelidas a assinar novos acordos – em condições significativamente menos favoráveis que as anteriores – e foram coletivamente obrigados a pagar US$ 5,4 bilhões em “bônus”.

Um telegrama de 2008 diz que o Oasis Group – incluindo as empresas americanas Conoco Phillips, Marathon e Hess – seria a próxima do bloco, apesar de já terem pagado US$ 1,8 bilhões em 2005. O documento questiona se a Líbia pode ser confiável nos sentido de honrar novos contratos da EPSA IV, ou voltaria a “propor um corte maior”.

O documento ainda discute as implicações mais amplas dos contratos da EPSA IV. Enquanto os contratos foram “amplamente generosos” para as companhias de óleo, que era pra fazer “muito mais dinheiro por barril de óleo produzido”, a ameaça de renegociação forçada criou um precedente internacional perigoso – um “novo paradigma para a Líbia que está jogando com todo o mundo que está num número crescente de países produtores de petróleo”.

As gigantes do petróleo e o governo americano ficaram alarmados pelas ameaças feitas por Kadafi, em uma vídeo-conferência feita em janeiro de 2009 aos alunos da Universidade de Gerogetown, de nacionalizar a indústria de gás e petróleo. Um telegrama de janeiro de 2010 relata que “o discurso do regime no início de 2009 de possível nacionalização do petróleo... colocou a questão novamente à tona.”.

Kadafi também forçou as companhias internacionais de petróleo a contribuir com o as Reivindicações do Acordo de Compensação entre Estados Unidos e Líbia. Assinado em agosto de 2008, o acordo estabelece a criação de um fundo para assistência a vítimas de atentados envolvendo os dois países. Dois telegramas de fevereiro de 2009 reportam que a Líbia apresentou um ultimato às companhias de petróleo: contribuem para o fundo ou “sofrem sérias consequências.”. O presidente da Companhias Nacionais de Petróleo, Shurki Ghanem, referiu-se explicitamente às ameaças feitas por Kadafi de nacionalizar a indústria do óleo. O embaixador americano alertou que “pressionar as companhias americanas foi ‘cruzar a linha vermelha’”. Ele “pediu a Ghanem e seus colegas para considerarem a relação de longo prazo com os Estados Unidos.”.

A segunda consequência indesejada da aplicação de sanções era que isso permitia à Líbia desenvolver relações mais próximas com rivais americanos, notavelmente na Europa, China e Rússia. Um telegrama de junho de 2008 descreve um “recente interesse na Líbia por parte de empresas de petróleo não ocidentais (particularmente, da Índia, Japão, Rússia e China), que venceram a maior parte das concessões das áreas petrolíferas recentemente encontradas”.

Um telegrama de 2009 descreve como o primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, assistiu à ratificação do tratado de “amizade e cooperação” entre Líbia e Itália, segundo o qual a Itália teria de pagar US$ 200 milhões por ano durante 25 anos como compensação por “danos de colonização”, em troca da garantia de “preferências por companhias italianas para desenvolvimento de projetos”. Um oficial italiano contou à embaixada americana que os principais interesses da Itália em relação à Líbia era “óleo, óleo, óleo e migração.”.

A crescente presença da China também gerou preocupação. De acordo com um telegrama de fevereiro de 2009, a China Railway foi premiada com um contrato de US$ 805 milhões e outro de US$ 2,6 bilhões um ano antes. Um telegrama de maio de 2009 diz que Kadafi contou ao comandante da União dos Estados Africanos, o comandante geral William Ward, que a “China tem preferência” na África “porque não interfere nos assuntos internos”. Um telegrama de setembro de 2009 diz “companhias chinesas esculpiram alguns nichos por si mesmas no mercado líbio, mais exatamente no setor da construção civil e das telecomunicações”.

Vários telegramas apontam para uma aproximação entre Líbia e Rússia. Em abril de 2008, o presidente russo, Vladmir Putin, teria voado para a Líbia, acompanhado por 400 assistentes, jornalistas e executivos, para assegurar um “acordo para negociar uma dívida Líbia de 4,5 bilhões de dólares da época da URSS com a Rússia” em troca “de um contrato de ferrovia e muitos outros futuros contratos na área da construção civil e desenvolvimento de projetos no setor de energia”. Vários memorandos de entendimento foram assinados com a gigante de eletricidade russa, Gazprom. No encontro, Kadafi expressou oposição à expansão da OTAN para a Ucrânia e Geórgia, questões sensíveis para a Rússia.

Mais significativamente de uma perspectiva estratégica americana, Kadafi aparentemente “anunciou sua satisfação em relação ao aumento do poderio russo servir como um contrapeso necessário ao poder americano, ecoando o apoio do líder líbio a um mundo multipolarizado.”.

Neste contexto, os Estados Unidos cultivaram relações com certas figuras do regime de Kadafi e, secretamente, discutiram os benefícios de tirar Kadafi de cena. Um telegrama de 2008 relata como Ibrahim el-Meyet, um “amigo íntimo” de Ghanem (e uma fonte de “proteção estrita”) contou à embaixada americana que Ghanem e ele “concluíram que não haveria um reforma econômica ou política real na Líbia até que Kadafi saísse da cena política”, e isso “não aconteceria enquanto Kadafi estivesse vivo.”

Outro telegrama de janeiro de 2009 apontava a existência de “duas linhas de pensamento” dentro o governo Líbio – uma “pró Estados Unidos e um outro grupo que suspeitava dos motivos dos Estados Unidos e perseverantemente se opôs a um conjunto mais amplo de engajamento”. Enquanto Kadafi e seus filhos aparentemente pertencerem ao “grupo pró-Estados Unidos”, Kadafi “apoiaria o aumento da cooperação Líbia-Estados Unidos, mas com ‘condições’ e isso trouxe uma preocupação de que a meta eventual dos Estados Unidos seria mudar o regime estabelecido na Líbia” (grifo da fonte).

As preocupações de Kadafi eram bem fundamentadas. Nos bastidores, as tensões cresciam com a chegada de Obama ao poder. Um telegrama de fevereiro de 2009 dizia que o governo líbio estava “temeroso de que a nova administração americana pudesse adotar políticas marcadamente diferentes em relação à Líbia”. Era uma referência aos “indivíduos poderosos da Líbia que se opuseram fortemente à melhora no relacionamento com os Estados Unidos, que estariam prestes a perder um grande negócio caso o atual sistema mudasse significativamente, e que veem os Estados Unidos como o catalisador de tais reformas”.

Os telegramas mostram que o governo dos Estados Unidos monitorou de perto a oposição política ao regime de Kadafi no lado oeste da Líbia, onde a força “rebelde” do Conselho Nacional de Transição está baseada. Um telegrama de 2008 refere-se a uma política de governo deliberada da Líbia para “manter os pobres do oeste como um meio de limitar a ameaça política potencial ao regime de Kadafi”, que levou “muitos jovens do leste da Líbia” a acreditar que não tinham “nada a perder participando da violência extremista na Líbia” e contra as forças americanas no Iraque.

As relações também foram intensificadas com elementos de dentro do governo Kadafi. Quando o Ministro das Relações Exteriores, Musa Kusa, encontrou o General William Ward em maio de 2009, ele relembrou que estava “compartilhando de sua visão frequentemente e abertamente com seus contatos americanos na Agência Central de Inteligência (CIA) e no Departamento de Estado”. Kusa fugiu para a Inglaterra em um jato particular em 30 de março deste ano.

Os vazamentos do WikiLeaks demonstram ainda mais que a intenção administração Obama para derrubar o governo da Líbia e seu reconhecimento aos “rebeldes” nada têm a ver com “ajuda humanitária”. Ao contrário, a Casa Branca está somente respondendo ao impacto desestabilizador das lutas em erupção por todo o mundo árabe, no caso da Líbia, por virar bruscamente contra seu antigo “aliado importante”.

A administração Obama tem começado os preparativos, que remonta a pelo menos em 2007, para derrubar o atual regime e tentar instalar outro, mais alinhado aos interesses americanos. Longe de proteger civis, o governo americano procurou afastar o risco de qualquer revolta genuinamente popular contra Kadafi, com base em considerações guiadas pelo grande poder de criar rivais e demandas que garantam os lucros das grandes corporações.

Traduzido para Diário Liberdade por Bruno Baader

 

TEXTO ORIGINAL EM> Dario Liberdade

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PELA NÃO DIVISAO DO PARÁ

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13:41

Por: Cybernic

 

Ser um país continental tem suas desvantagem, quando isso serve de desculpa política para explicar a péssima distribuição de renda e o descaso com que a esmagadora população é tradada na maioria dos estados da federação.

O Estado do Pará pode ser chamado de um estado continental. São quase 150 municípios. Terra farta porém de um povo pobre financeiramente, carente, abandonado, principalmente quando sua região não traz nenhum atrativo de investimento - digo - interesses financeiros.

Em maio de 2011, a câmara dos deputados aprovou a autorização do plesbicito sobre a  divisão do estado.

Dividir o estado resolverá os problemas de distribuição de renda, conflitos de terras, impunidade exacerbada, trabalho escravo, violência, entre outras graves problemas do estado?

Minha resposta é NAO.

É preciso estar ciente primeiro. É notório que o estado sofre com um grande problema em âmbito nacional, a corrupção (cultural nesse país) É preciso confessar também que os governos tem se mostrado elitistas, propagandistas e limitados nesses anos a manobrar os recursos para seus próprios fundos e mimar uma parte privilegiada com recursos e que a maioria da população - mesmo num estado ricos de terras, de minerais, com grande possibilidade de turismo (se houvesse uma politica mais inteligente e menos oportunista quanto a isso) com forte peso cultural no país - mesmo assim - seja uma terra onde reina a ausência do básico para qualquer ser humano viver.

Acreditar que divisão do Pará, trará benefícios - (como a melhoria da distribuição de renda) - é ingênuo com relação a lógica do capital e a cultura da corrupção desse país. A divisão do estado (Carajás, tapajós) so interessa a uma determinada classe politica. A burguesa política vigente; que festejará mais dinheiro entrando em seus bolsos abarrotados. Será como repartir metade de um bolo de um grande banquete e somos nós (Paraenses) o prato principal.

Ingenuidade explorada que também deve ser a tônica da campanha Pró separação. A população dessas regiões certamente ouvirá argumentações como que a divisão melhorará as infra estrutura das suas cidades, haverá mais dinheiro da união, mais geração de emprego, menos...desigualdade. 

Uma falácia sem tamanho. Seguindo essa lógica, estado como Acre ou Sergipe (o menor estado do Brasil) seriam os mais ricos e na verdade, são exemplos contrários.

A falta de reformas políticas, previdenciária, agrária, com investimentos robustos em educação, seria (talvez) capaz de romper com essa rasga mortalha cultural que é a politica feita nesse país.

É preciso a população entender: O estado - como administrador - falhou, a população falhou - como conivente e comprada - partidos e ideologias são meras caricaturas do que um dia se pensou que poderiam ser - portas de entrada para discussões sérias - a divisão do Pará não mudará o curso desigual do capitalismo e a lógica do lucro que tem na medíocre distribuição de renda dos estado uma sombra cotidiana.

Mesmo com uma natureza exuberante como é a do estado do Pará,  a sua natureza - como unidade federativa - é uma lástima.

NÃO A DIVISÃO

SIM AS REFORMAS !!!!!!!

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